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Tudo sobre a Placenta

 por 

Franciely Tsuchiya

Ligada ao neném pelo cordão umbilical, a placenta tem uma função  das mais importantes. Ela possibilita que nutrientes como glicose, proteínas, gorduras, vitaminas e sais minerais cheguem ao feto. Além disso, é responsável pela troca de gases - oxigênio, da mãe para o bebê, e gás carbônico, no sentido inverso - e pela produção de hormônios, dentre eles o gonadotrofina coriônica. Conhecido como HCG, sua presença no sangue e na urina da mulher costuma ser responsável pela boa notícia: positivo, você está grávida! E o seu papel não termina aí. A placenta funciona como um grande filtro, impedindo que determinadas impurezas atinjam o feto. Algumas substâncias, porém, têm a capacidade de furar este bloqueio: a nicotina e o alcatrão do cigarro, o álcool, as drogas, alguns medicamentos (antibióticos, antiinflamatórios e sedativos), além de determinados vírus e bactérias, como os causadores da rubéola, varíola, hepatite, toxoplasmose e HIV.

Atenção ao pré-natal!
Um acompanhamento permanente da gestação evita muitos riscos para o bebê.

Formada no momento da concepção, a placenta está presente em toda a gravidez. Localiza-se na parte interna do útero aderida à sua parede e possui duas faces: uma voltada para a mãe e outra para o feto. Em seu interior, encontra-se a cavidade amniótica ou bolsa das águas, dentro da qual ficam o bebê e o cordão umbilical, por onde circula o sangue da gestante e do feto. Apesar da proximidade entre a circulação materna e a do bebê, vale lembrar que o sangue dos dois, normalmente, não se mistura. Esta separação fica por conta de uma camada muito fina de tecido existente entre os vasos da mãe e os da criança, chamada membrana placentária.

Em alguns casos, surgem minúsculas fendas nessa membrana, suficientes para que uma pequena quantidade de sangue do feto passe para a circulação da mãe. Se houver incompatibilidade sanguínea entre os dois – por exemplo, quando o sangue do feto é Rh-positivo e o da mãe Rh-negativo - o organismo materno pode reagir, criando anticorpos contra o sangue do neném. Por isso,ele fica vulnerável a algumas ameaças como a doença hemolítica, causadora de perigosa anemia.Na hora do parto, a placenta, que pode chegar a 30 cm de diâmetro e pesar até 1 kg, será eliminada, através das contrações uterinas. Missão cumprida!

Algo está errado?
Para saber se está tudo bem com sua gestação, é fundamental seguir um cuidadoso pré-natal. É importante dizer que por natureza toda mulher é saudável e poderá não apresentar risco algum, além de não ser peciso fazer a ultra-sonografia de rotina. Existem mamães que optam por não fazer. Mas cada caso é único!
Com o auxílio da ultra-sonografia, o obstetra irá avaliar se a placenta se desenvolve corretamente e se cumpre, ou não, suas importantes funções.

Placenta baixa ou placenta prévia
É quando ela se situa na parte inferior do útero. Ocorre com maior freqüência em mulheres que fizeram muitas cirurgias uterinas, como para a retirada de miomas, e em gestações de gêmeos. É comum haver um discreto sangramento. Nesse caso, a gestante deve seguir à risca as orientações médicas, que incluem repouso absoluto. Do contrário, a placenta pode se descolar.

Placenta prévia é quando a placenta está baixa, podendo cobrir parte ou totalmente o cervix o que causa sangramento vaginal. Placenta prévia ocorre numa em cada 200 mulheres.

E somente quando o sangramento é intenso, pode ser necessária a realização de várias transfusões sangüíneas. Quase sempre se faz uma cesariana, pois se deixar o parto normal, a placenta tende-se a se desprender com muita antecipação e isso pode impedir o fornecimento de oxigênio ao feto.

Descolamento da placenta
Aqui, a placenta se separa da parede do útero, impedindo que o bebê continue a se alimentar e receber oxigênio. Os sintomas são: útero endurecido, dores abdominais fortes e intenso sangramento genital. Considerada urgência obstétrica, neste caso convém entrar em contato com o médico imediatamente, pois o risco da perda da gravidez é grande e isso pode acontecer em questão de minutos.
A principal causa é a hipertensão materna, responsável por cerca de 50% dos casos.
Calcificação precoce da placenta
Algumas vezes, a placenta pode se calcificar precocemente. Com isso, deixa de cumprir suas funções, principalmente a de nutrir o bebê, impedindo que ele se desenvolva e cresça como deveria. Quando isso acontece, deve ser feito um acompanhamento do crescimento do bebê e, em alguns casos, o parto pode ser antecipado.
Atenção!
Através da biopsia do vilo-corial, onde um fragmento da placenta (que tem a mesma origem do bebê) é retirado e analisado, é possível fazer uma avaliação dos cromossomas do bebê. O exame geralmente é indicado para gestantes acima de 35 anos ou com problemas cromossômicos na família.

Concluindo: Infelizmente não são casos raros e precisamos apresentar, para todos, a informação. É de extrema importância que cada mamãe tenha seu caso acompanhado por um especialista, somente ele vai poder dizer como a mamãe é e como está se saindo em todo o processo de gestação.
Mas estudos confirmam que mamães cuidadosas, que se alimentam direitinho e ficam longe de químicas e álcool, são absolutamente capazes de decidir a pouca ou até mesmo a não intervenção médica rotineira, uma vez que provada 100% sua saúde e a do bebê.
Por isso, para você que quer, ou vai ser mamãe, cuide-se bem! 

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