Pular para o conteúdo principal

Parir não é evento!

Parir é uma o quê? Festa???


Hoje, muito mais do que há dois anos passados, tenho certeza de que parir é muito sério, exige reclusão, solidão. Não é possível se conectar com seu filho no meio de bebidas e flashs e coisas do gênero. Parir é solitário. Ter um recém nascido em casa é mesmo um momento de você se conhecer, conhecer seu filho, é uma oportunidade de rever seu passado, como diz Laura Gutman: se encontrar com a própria sombra. Ter um filho é maravilhoso, mas é assustador, são trevas e luz, calma e loucura. Parir, apresentar o mundo e você mesma para um bebê é algo muito sério. Minha revolta com esta matéria. Minha revolta com quem não se dá conta da seriedade que é ser responsável, em todas as instâncias, por outro ser humano, é tão grande que sinto dor de estômago. Isto é o resultado da nossa cultura que faz com as grávidas fiquem infantis, resultado de uma cultura que faz todos pensarem que felicidade para uma mulher é só: casando e tendo filhos, resultado de uma cultura que não permite nos conhecermos. FICA AQUI MINHA INDIGNAÇÃO CONTRA ISTO E CONTRA QUEM ACHA QUE PRECISA TER FILHOS PARA CUMPRIR UM PAPEL SOCIAL SOMENTE.

(testo Mariana Vita, que se encaixa COMPLETAMENTE com o que penso sobre parir)


Comentários