"É lastimável saber que pais "modernos" têm criado
seus filhos à luz do autoritarismo, da agressividade e da frieza da educação
"tradicional", alegando ser um ato de amor, mesmo sabendo, muitas
vezes, que a palmada não se trata de uma prática educativa.
Além de não ser educativa, a palmada é extremamente
contraditória. Quem ama, não agride! Quem ama, não bate! Quem ama, educa, mas,
infelizmente, bater é muito mais fácil que educar.
Bater em crianças é um atestado de incompetência, desequilíbrio e
fracasso do adulto, que culmina em uma descarga de raiva quase sempre seguida
por um sentimento de culpa. O ato de bater em crianças reforça a tão criticada
relação de submissão do mais fraco ao mais forte, caracterizando um claro
exemplo de covardia. Trata-se de um ato estressante para adultos e traumático
para crianças. Além disso, não tem nenhuma garantia de eficácia e pode
ocasionar dor, medo, ressentimento, rejeição e rebeldia que a curto, médio e
longo prazo resultam sérios danos emocionais ao indivíduo agredido."
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